quarta-feira, 13 de junho de 2012

Rio São Francisco: o Velho Chico


Vista da Casca D'Anta- primeira cachoeira após a nascente histórica, no Parque Nacional da Serra da Canastra

Vanessa Caroline da Fonseca

O rio São Francisco, descoberto pelos portugueses em 1502, possui cerca de 2700 quilômetros desde a nascente, na região da Serra da Canastra (em Medeiros, Minas Gerais), até sua foz, na divisa de Alagoas com Sergipe.
O Rio da Integração Nacional, como é chamado, atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas e se divide em quatro trechos: o Alto São Francisco, que vai de suas cabeceiras até Pirapora, em Minas Gerais; o Médio, de Pirapora, onde começa o trecho navegável, até Remanso, na Bahia; o Submédio, de Remanso até Paulo Afonso, também na Bahia; e o Baixo, de Paulo Afonso até a foz.
            O Velho Chico possui 168 afluentes e é extremamente importante para a economia da região por onde passa, sendo usado para navegação (em alguns trechos), irrigação de plantações e pesca, gerando emprego e renda. Essas águas também movimentam os geradores de cinco hidrelétricas brasileiras: Paulo Afonso, Itaparica, Moxotó, Xingó e Sobradinho. Em função desta importância, o governo federal toca uma das maiores obras de engenharia brasileira, a transposição do Rio São Francisco para que suas águas possam atingir regiões que sofrem com a seca. O projeto é visto como a solução para o grave problema da seca no Nordeste, distribuindo água a 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte - uma população de 12 milhões de pessoas. O prazo para realização do projeto é de 20 anos, a um custo estimado de até R$ 8 bilhões.
            Ao longo do seu percurso o rio liga o Sudeste e o Centro-Oeste com o Nordeste e exibe sua grande biodiversidade. Essa exuberância é ameaçada pelo crescimento desordenado das cidades, falta de planejamento ambiental, o que resulta no acréscimo da poluição domestica e industrial. Essa situação causa prejuízos significativos à sociedade, criando condições ambientais inadequadas. Alguns programas de revitalização do rio buscam, em prazo menor possível, melhorar a qualidade de suas águas. O Projeto de Integração do Rio São Francisco, por exemplo, conta com 36 programas básicos ambientais que objetivam o repasse de informações e o incentivo à adoção de hábitos e posturas ambientalmente corretos e socialmente adequados. Esses programas possibilitam evitar e compensar os impactos negativos como também potencializar os positivos, impostos ao Velho Chico.
            A água é um patrimônio do planeta, portanto cuidar dela é responsabilidade de todos. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo ser humano ou grupo social que a utiliza, ela não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem degradada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. Esta questão não deve ser ignorada nem pelos indivíduos e nem pelo Estado, esse texto está contido na Declaração dos Direitos da Água, documento redigido pela ONU em 1992 e que merece destaque.

  
Trecho do Rio São Francisco

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Educação em parceria com o meio ambiente



Cárita Beatriz Gomes de Almeida
A educação é um processo contínuo e duradouro. O processo de aprendizagem é um fator relevante na formação do sujeito e da cidadania, pois o processo de aprendizagem tem início quando o indivíduo nasce e só termina quando a vida cessa. A aprendizagem acontece de modo permanente durante a vida doméstica, escolar e social, permanecendo durante todo o tempo em que a mente se mantenha ativa.
Educar para a sustentabilidade e a cidadania planetária é o novo desafio da educação. A sociedade atual se vê forçada a pensar sobre a sua existência e os impactos que causa ao ambiente e, sobretudo, em suas conseqüências. Faz-se necessário discutir a educação sustentável a partir da educação para o consumo consciente, esse é o primeiro passo para a sustentabilidade. O trabalho que está sendo desenvolvido no município de Veríssimo-MG tem justamente esse objetivo: educar para o uso consciente e racional dos recursos que disponibilizamos.
O público alvo desse projeto foi formado por crianças e adolescentes do Centro de Integração João Gurgel de Souza, que tiveram palestras e visitas ecológicas, onde aprenderam sobre degradação ambiental e o papel que cada um de nós tem sobre os danos causados ao meio ambiente e, claro, o que pode ser feito para reduzir e mitigar os efeitos negativos da ação do ser humano.
Na visita ecológica ao córrego Santa Gertrudes (município de Veríssimo, MG), as crianças recolheram do local todo o lixo que ali foi encontrado, dentre eles, várias garrafas de vidro, garrafas plásticas, bitucas de cigarros e diversas outras coisas, inclusive fraldas descartáveis, roupas e calçados já apodrecidos. Sabendo como fazer a separação, as crianças foram divididas em grupos, onde cada líder foi identificado com uma fitinha no pulso indicando o resíduo que iria recolher: azul para papel, amarelo para metal, vermelho para plástico, verde para vidro e marron para resíduo orgânico.
A visita foi muito proveitosa. Além de limpar uma área belíssima, cheia de vida, as crinças levaram para si próprias a lição de que lugar de lixo é no lixo. Os resíduos recolhidos foram encaminhados para empresas de reciclagem (vidro e alumínio), e as garrafas pet foram destinadas a uma cooperativa de catadores. Já os não recicláveis foram enviados para o aterro controlado do município.
O próximo passo será levar a ideia para a área urbana, recolher do município o lixo que pode ser aproveitado e dar destinação adequada ao mesmo. Desta forma, estaremos aliviando o volume de resíduos no aterro e dando outra finalidade para aquilo que seria descartado na natureza. A escola estadual do município, a E.E. Geraldino Rodrigues da Cunha, já se interessou pela idéia e estamos estudando a maneira certa de levar o projeto para lá, já que é um público bem mais numeroso e também de maior faixa etária.
Trabalhar com Educação Ambiental foi uma experiência única e muito gratificante. Acho que todo estudante de engenharia ambiental deveria experimentar essa vivência ao menos uma vez. Aplicar seus conhecimentos e ver resultados gera uma sensação inexplicável. Além do fato de que educar e atentar para a consciência ecológica e ambiental de crianças é primordial para a garantia de um futuro ambientalmente mais saudável e preservado.

Cárita Beatriz é aluna do curso de Engenharia Ambiental da FACTHUS



quarta-feira, 9 de maio de 2012

Rio+20


Fernanda da Costa Guimarães
A Rio+20 deve girar em torno de novos objetivos do desenvolvimento sustentável. O encontro será promovido pela ONU no Rio de Janeiro em junho de 2012, 20 anos depois da Eco-92. Os chefes de estado presentes tentarão construir um acordo de proteção aos oceanos, fortalecer uma agência ambiental, e nomear um alto comissário global para atuar como se fosse um “ombudsman”. Fala-se muito na criação de medidas de redução de combustíveis fósseis e nos subsídios para fontes alternativas de energia.
Na Cúpula da Terra de 1992, mais de 100 chefes de Estado vieram ao Rio. Vários acordos foram assinados. Desta vez, o resultado pode ser bem diferente. Os negociadores serão convidados a definir suas próprias metas e trabalhar voluntariamente para o estabelecimento de uma economia verde global, reduzir a pobreza e diminuir os níveis de consumo.
São esperados dezenas de chefes de Estado, líderes políticos e celebridades. Inicialmente marcada para o início do mês, a Rio+20 foi adiada, e a cúpula está prevista agora para os dias 20 a 22 de junho.
Um encontro paralelo, que o Brasil está organizando, chamado de “Diálogos sobre Sustentabilidade”, vem ganhando repercussão mundial. A sociedade civil será convidada a debater e a criar um documento para pressionar os negociadores oficiais.
A proposta de criar os Objetivos Globais de Desenvolvimento Sustentável não deverá vigorar antes de 2015. Porém, o documento deverá cobrir áreas consideradas como prioritárias, como oceanos, alimentos, energia, água, consumo e sustentabilidade. Esses objetivos não vão substituir os dez Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU, lançados em setembro de 2000.
O fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) será discutido na Rio+20, o que também é defendido pelo Brasil.
Para representantes do Greenpeace, a cúpula do Rio deve enfrentar duas décadas de atrasos e promessas não cumpridas em relação ao desenvolvimento sustentável.
As principais metas são acabar com a destruição das florestas, a pesca predatória e o desenvolvimento da energia limpa. O mundo tem uma boa chance de passar da teoria à ação.

ECO-92 – Cúpula da Terra

Vanessa Caroline da Fonseca

Realizada de 3 a 14 de junho de 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), também conhecida como Cúpula da Terra ou Eco-92. Esta Conferência reuniu 108 chefes de Estado para buscar mecanismos que rompessem o abismo norte-sul preservando os recursos naturais da Terra. As bases para a Eco-92 foram lançadas em 1972, quando a ONU organizou sua primeira conferência ambiental, em Estocolmo, e, em 1987, quando o relatório "Nosso Futuro Comum", das Nações Unidas, lançou o conceito de desenvolvimento sustentável.
Além da reunião e da presença dos chefes de estado, as ONG´s ambientalistas realizaram um encontro extra-oficial no Aterro do Flamengo. Durante o período de realização da Eco-92, o então presidente da república, Fernando Collor de Mello, contava com o apoio do Secretario do Meio Ambiente da Presidência da República, José Goldemberg. O governo transferiu provisoriamente a capital federal de Brasília para o Rio de Janeiro, cidade que recebeu reforço de segurança das forças armadas. Também foi criado, em 1992, o Ministério do Meio Ambiente para coordenar a Política Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.
A Eco-92 ajudou a popularizar as questões ambientais no Brasil e em diversos países, conscientizando as nações ricas a ajudarem os países em desenvolvimento na implementação de uma economia sustentável. Após negociações marcadas por diferenças de opinião entre o Primeiro e o Terceiro mundos, a reunião produziu a Agenda 21, documento com 2.500 recomendações sobre como atingir o desenvolvimento sustentável, incluindo determinações que preveem a ajuda de nações ricas a países pobres. A Convenção da Biodiversidade, também produzida durante a Reunião, estabeleceu metas para preservação da diversidade biológica e para a exploração sustentável do patrimônio genético, sem prejudicar ou impedir o desenvolvimento de cada país.
A Eco-92 também firmou a Convenção do Clima que apresentou estratégias de combate ao efeito estufa. Esta Convenção deu origem ao Protocolo de Kyoto, pelo qual as nações ricas deveriam reduzir suas emissões de gases que causam o aquecimento anormal da Terra. A Declaração de Princípios sobre Florestas, também criada na Conferência, garantiu aos Estados o direito soberano de aproveitar suas florestas de modo sustentável, de acordo com suas necessidades de desenvolvimento de cada país.
Um dos mais importantes documentos da época da Eco-92 foi a Carta da Terra, que é uma declaração de princípios éticos fundamentais para criação de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. O texto incluiu as dificuldades em transitar para maneiras sustentáveis de vida e desenvolvimento humano sustentável.
Dentre os resultados da Cúpula da Terra, a Agenda 21 é considerada como o resultado mais importante. O documento foi assinado por 179 países naquela ocasião e é um texto chave com as estratégias que deveriam ter sido adotadas para a sustentabilidade. Já seguida em diversas cidades por todo o mundo, inclusive através de parcerias e de intercâmbio de informações, esse compromisso leva em conta, principalmente, as especificidades e as características particulares de cada localidade, de cada cidade, para planejar o que deve ser desenvolvimento sustentável em cada uma delas.
Após 20 anos, o Brasil, em junho, será sede de outra importante conferência da ONU, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, apelidada de Rio+20. A ideia é que todos os setores da sociedade discutam maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor, economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

As mudanças no Código Florestal



Armando Filiaci Junior      

O primeiro Código Florestal foi criado em 1934, e teve como objetivo regulamentar a exploração da terra no Brasil. Em 1965, após várias críticas e algumas reformulações, um novo Código foi aprovado e sancionado. A discussão durou vários anos e foi feita por uma equipe de técnicos, proprietários rurais e especialistas. O texto estabelecia parâmetros e limites para preservar a vegetação nativa e determinava o tipo de compensação que devia ser feita por setores que usavam matérias-primas, assim como as penas para responsáveis por desmate e outros crimes ambientais relacionados.
A partir dos anos 1990, com a entrada em vigor de uma nova legislação ambiental, foi necessário fazer adequações e o Congresso resolveu mudar o Código. Entretanto, o projeto de mudança sofreu diversas modificações. As principais diferenças entre a nova legislação e o Código em vigor dizem respeito à área de terra em que é permitido ou proibido o desmate, ao tipo de produtor que poderá fazê-lo, à restauração das florestas derrubadas e à punição para quem já havia desmatado.
As alterações propostas opuseram ambientalistas, ruralistas e cientistas, embora todos concordem que preservar a natureza é uma necessidade para adaptar as leis nacionais à realidade brasileira e mundial. O atual Código foi modificado várias vezes por decreto e medidas provisórias e seria necessário algo mais consistente.
Uma das urgências citadas pelos três grupos é a necessidade de se incluir incentivos, benefícios e subsídios para quem preserva e recupera a mata, como acontece na maioria dos países que vêm conseguindo avançar nessa questão ambiental.
De acordo com os estudos, podemos perceber que uma das principais diferenças entre a nova proposta e o Código Florestal, que ainda está em vigor (dependendo agora da sanção da presidenta Dilma), está relacionada à área já desmatada.
Segundo o novo texto, as propriedades que utilizam topos de morros e encostas, terrenos conhecidos como APPs (Áreas de Preservação Permanente), para plantio de maçã, café e uva, por exemplo, além de pastoreio extensivo, continuam onde estão localizadas, sem serem consideradas irregulares.
Entre as alterações está a obrigação de se recompor entre 15m e 100m das chamadas APPs (Áreas de Preservação Permanente). O relator da matéria, deputado Paulo Piau, sugeriu que o tamanho das faixas de proteção seja determinado a posteriori, por lei ou medida provisória.
O governo criticou a proposta afirmando que, na prática, a alteração funcionaria como uma anistia para produtores que desmataram demais. A bancada ruralista chegou a sugerir que os percentuais de preservação sejam mantidos e que o governo elabore regulamentações para resolver problemas pontuais.
Entre outras alterações propostas pelo relator, pode-se citar o fim da distinção entre a APP (Área de Preservação Permanente) e a reserva legal (RL).  A Reserva Legal é o pedaço de terra dentro de cada propriedade rural - descontando a APP - que deveria manter a vegetação original para garantir a biodiversidade da área, protegendo sua fauna e flora. Sua extensão varia de acordo com a região do país: 80% do tamanho da propriedade na Amazônia, 35% no Cerrado nos Estados da Amazônia Legal e 20% no restante do território.
Vamos aguardar os novos lances.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dicas de meio ambiente



1) Economizar água é uma atitude inteligente!
Feche as torneiras. Não desperdice água enquanto escova os dentes ou toma banho. Use um copo e feche a torneira, para gastar apenas a água de que necessita. Evite os banhos demorados. Verifique o encanamento, as descargas e as torneiras para evitar os vazamentos. A água tratada é cara e leva para o ralo o cloro e outros produtos químicos usados na estação de tratamento. A água de beber também pode ser economizada sem que você passe sede. Quando fizer chá ou café, ferva apenas a água de que necessita.  Reduza o seu consumo de água doméstico. Se equipar as suas torneiras com dispositivos de arejamento e de limitação do fluxo de água, este parecerá mais forte, mas terá menos água e mais ar. As torneiras com arejamento podem reduzir o fluxo de água.

2) Movimentar-se é preciso!
Ande, corra, vá pela escada. Faça caminhadas sempre que puder. Evite usar o carro em distâncias pequenas. Passeie pela cidade. Mantenha-se em forma e ajude a diminuir o trânsito, a poluição atmosférica, o barulho e os acidentes. Vá a pé, ande de bicicleta, dê carona, ande de ônibus. Converse com seus colegas, do trabalho e da escola, e compartilhe os trajetos. Se for possível, combine os horários para utilizarem os transportes públicos em vez do carro. Se for de carro para o trabalho ou para a escola, pergunte se há colegas que vivem perto e qual a possibilidade de dividirem o transporte. Compartilhe informações sobre roteiros melhores e sobre as condições do trânsito. Pense bem antes de comprar um carro.

3) Se você tem carro, cuide dele.
Leve seu carro regularmente para uma revisão. Verifique sempre as emissões do seu automóvel (fumaça escura é sinal de problema no funcionamento do motor). Verifique as condições do escapamento. Os conversores catalíticos necessitam de manutenção regular. Calibre os pneus, deixe o tanque sempre cheio. Em alguns casos, é mais interessante utilizar transportes alternativos do que manter um automóvel apenas para alguns deslocamentos.

4) Você sabia que pode reduzir a poluição atmosférica diminuindo o uso ou reciclando os resíduos que produz?
Vidros, papéis, pilhas, óleos, latas de alumínio, plásticos: estes materiais podem ser reciclados e reutilizados. Esta atitude contribui para reduzir o volume de resíduos depositados em aterros, nas ruas, nos cursos d’água.

5) Cuide de um jardim, ou de vasos de plantas.
Se você tem um jardim, construa um lago para favorecer a umidade e a biodiversidade do local. Mas não use nunca herbicidas e inseticidas. Agrotóxicos podem matar muitos animais e plantas úteis que queira conservar, sobretudo se escorrerem para os lagos e os cursos de água. Há muitas alternativas compatíveis com a fauna e a flora. Jardins dão proteção e alimento a diversos animais como as aves e as borboletas quando elas se deslocam.

6) Veneno não!
Os agrotóxicos contêm substâncias químicas tóxicas que são perigosas e prejudiciais para a saúde humana e dos animais. Os resíduos dos agrotóxicos podem permanecer muitos anos no solo e na água. Se for preciso controlar ervas daninhas use água quente ou queime-as. As ervas regadas com água quente murcham em poucas horas e morrem.

7) Um bom exemplo são os corredores ecológicos urbanos.
Um jardim próximo do outro. Incentive os outros membros da sua comunidade e seus vizinhos a criarem os corredores que favorecem a biodiversidade. Uma fila de jardins pode criar um corredor de biodiversidade que ligue os animais em liberdade a um parque ou espaço verde local maior.

8) Visite e valorize os Parques Nacionais do Brasil.
O Brasil possui inúmeros parques nacionais. Muitos deles estão localizados na Região Sul e na Região Sudeste. São locais de proteção da fauna nativa e da flora. Muitos têm estrutura de apoio ao turista, hotéis e restaurantes nas proximidades. Divulgue essa ideia. 

9) Apague a luz! Economize.
Diminuir o consumo de energia elétrica é possível e economiza recursos. É um hábito que afeta diretamente o seu bolso e a conta do meio ambiente. O quê fazer? Ficar menos tempo no banho, dar preferência a eletrodomésticos de baixo consumo (verifique o selo), usar lâmpadas econômicas, ajustar a geladeira, racionalizar os serviços de passar e lavar roupas, não deixar a TV ligada. Apague a luz e ajude a natureza a continuar brilhando!

10) Sacolas plásticas: recicle suas ideias!
Sacolas plásticas poluem o ambiente, matam animais, sujam os rios, os lagos e os mares. Troque as sacolas plásticas por sacolas reutilizáveis ou retornáveis. Prefira sacolas de lona ou caixas de papelão. Mudar de hábito não é tão difícil quanto parece!

Colaboração de Vanessa Caroline da Fonseca, Armando Filiaci Júnior e Renato Muniz Barretto de Carvalho.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Cuidar da água: uma obrigação


Renato Muniz Barretto de Carvalho

O mundo sempre mudou desde que é mundo, e vai continuar mudando sempre. Eis aí uma constatação óbvia que, no entanto, não nos livra da obrigação de perceber e estudar estas mudanças e seus reflexos na vida humana. A segunda metade do século XX foi pródiga em mudanças. Mudanças geopolíticas importantes, além de outras, de paradigmas, que nos orientaram na busca de novos modelos e de respostas para os novos problemas que surgiram.

A economia mundial expandiu-se de forma fantástica no século XX. Esta expansão ocorreu de forma muito desigual, afetando países e povos de maneira positiva ou negativa em circunstâncias díspares e contraditórias, trazendo impactos significativos para a vida das pessoas. A indústria desenvolveu novos materiais, processos e produtos sem os quais não se sabe se a humanidade conseguiria viver da forma como vive hoje. Entre eles estão os automóveis, a aviação, a informática, as telecomunicações e o plástico. Ao lado do grande progresso representado por tudo isso, se agravou a poluição e o que ficou conhecido como o custo social e ambiental do progresso. Se a produção e o avanço técnico aumentaram numa rapidez incalculável em relação aos padrões do século XIX, o acúmulo de lixo no planeta torna-se um dos principais desafios no começo do século XXI. Oceanógrafos e outros estudiosos dos oceanos fizeram advertências graves sobre as condições de poluição dos mares, contaminados com toneladas de material plástico e outros poluentes, nem sempre visíveis. Até o século XIX, o lixo produzido era basicamente lixo biodegradável, hoje não.

Esta situação de degradação afeta principalmente as águas, bem imprescindível ao ser humano. Talvez a idéia de ciclo fechado presente no ciclo hidrológico tenha contribuído para se tratar a água com descaso. Além disso, a água é um solvente por excelência. Há quem diga que o planeta devesse ser chamado de planeta água devido à sua abundância na superfície terrestre.

Das mudanças que os últimos 20 anos trouxeram, uma delas refere-se às nossas concepções e práticas a respeito do uso da água. Existem aqueles que já falam na guerra da água como uma das tensões geopolíticas contemporâneas. Conflitos que já estariam ocorrendo, por exemplo, na África e no sudeste asiático. Uma antiga certeza se confirma: a água é um direito de todos.

Da água consumida no Brasil, uma parte é usada no abastecimento urbano residencial, outro tanto na indústria e uma grande parte na irrigação. Como se percebe, para que o setor agropecuário continue crescendo, a água é fundamental. Algumas estimativas dizem que um tomate necessita de 30 litros de água, um litro de leite precisa de 4 litros de água, e um quilo de carne consome 16 mil litros. Se a água é constante na superfície terrestre, temos de perceber, no entanto, que sua demanda cresce desproporcional em relação à capacidade de usá-la racionalmente, de garantir um aproveitamento de modo a não causar desperdício. Duas questões se colocam de forma preocupante: o seu aproveitamento racional e sua qualidade. De nada adianta a existência de água poluída, nem a fúria destruidora das águas que descem violentas, arrasando barrancos, arrancando árvores, isso para não falar de casas, pontes e plantações.

A água não vai acabar, mas cuidar dela é urgente. Seu uso sustentável significa conhecer melhor suas características, os efeitos das atividades econômicas sobre sua disponibilidade e sua qualidade, a correta administração dos mananciais e uma distribuição eqüitativa e justa. Significa também tratar o esgoto urbano e industrial e os dejetos oriundos da atividade agropecuária.

Renato Muniz Barretto é geógrafo, professor universitário, coordenador do Curso de Engenharia Ambiental da Faculdade de Talentos Humanos (FACTHUS) e escritor. Artigo publicado também no Jornal Gestão Responsável, Ano III, nº 09, 2012. 

sábado, 17 de março de 2012

Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais


O Estado de Minas Gerais possui 36 comitês de bacias hidrográficas, um para cada unidade de planejamento e gestão de recursos hídricos do Estado. Os comitês são a base da gestão participativa e compartilhada das águas e compostos por representantes do poder público, da sociedade civil e do setor produtivo. Eles são responsáveis pelo gerenciamento local das águas, inclusive, por solucionar, em primeira instância, os problemas e conflitos de interesse dos usos da água em suas respectivas bacias.

Como participar de um comitê? 

Todas as reuniões dos comitês são públicas e todos os participantes podem manifestar a sua opinião sobre os temas discutidos na plenária. O direto ao voto, entretanto, é restrito aos membros do comitê. Eles são eleitos por meio de um processo democrático e nomeados pelo governador do Estado, com mandato renovado a cada quatro anos. Os comitês têm vagas distribuídas nas categorias poder público, setor empresarial e sociedade civil organizada. Informações sobre os comitês e os processos eleitorais estão disponíveis no Portal dos Comitês: http://comites.igam.mg.gov.br/new/.

Fonte: Página dos Comitês de Bacia no Facebook

quinta-feira, 15 de março de 2012

CODAU lança 6ª Semana da Água



O Codau e a Prefeitura de Uberaba lançam oficialmente neste domingo, dia 18 de março, a 6ª Semana da Água, evento anual organizado para comemorar o dia mundial da água e reforçar a mobilização em torno da preservação do meio ambiente. O Codau abrirá as festividades neste domingo, no Parque da Cidade, oportunidade em que lançará um novo DVD e cartilha da Turma da Clarinha, a mascote dos programas de educação ambiental desenvolvidos pela autarquia de saneamento.

Durante a semana, entre segunda (dia 19) e sexta-feira (23) as atividades serão no Cine Teatro Municipal Vera Cruz, nos horários das 8h às 11h e das 13h às 17h. Lá estandes educativos serão montados por equipes da Prefeitura e parceiros da Semana. Dentro do teatro o espetáculo será a cargo do Grupo Todo Um de Teatro, com apresentação da peça S.O.S. A Vida Pede Socorro, do autor uberabense Tiago de Melo Andrade. Ele é autor de 30 livros de literatura infantil, juvenil e adulta e com mais quatro previstos para serem lançados em maio. O texto do livro é bem humorado e inteligente que leva o leitor a refletir sobre o futuro do planeta.

José Luiz Alves, presidente do Codau, afirmou que a proposta é a de ampliar o conceito de uso adequado dos recursos naturais, por isso a escolha por uma linguagem teatral para abordar o tema. Já está agendas a participação de 56 escolas da rede pública e privada e previstos em torno de nove mil alunos, com idade entre oito e 11 anos. Para cada participante haverá distribuição da nova cartilha da Turma da Clarinha, kits e lanche.

Os parceiros do evento também estão preparando brindes e atividades educativas para recepcionar os estudantes. Neste ano o Codau conta com o apoio da TV Integração, Cemig, Polícia Militar, Museu do Zebu, Nutriplus, Circuito dos Lagos, Grupo Alfa, Colégio CEU, Facthus, Usina hidrelétrica de Igarapava, Certrim, Usina de Álcool de Açúcar Vale do Tijuco, Sítio da Pedreira e Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social

A FACTHUS apoia este evento e seus alunos e professores estarão no Cine Teatro Municipal Vera Cruz durante toda a Semana.