quarta-feira, 23 de maio de 2012

Educação em parceria com o meio ambiente



Cárita Beatriz Gomes de Almeida
A educação é um processo contínuo e duradouro. O processo de aprendizagem é um fator relevante na formação do sujeito e da cidadania, pois o processo de aprendizagem tem início quando o indivíduo nasce e só termina quando a vida cessa. A aprendizagem acontece de modo permanente durante a vida doméstica, escolar e social, permanecendo durante todo o tempo em que a mente se mantenha ativa.
Educar para a sustentabilidade e a cidadania planetária é o novo desafio da educação. A sociedade atual se vê forçada a pensar sobre a sua existência e os impactos que causa ao ambiente e, sobretudo, em suas conseqüências. Faz-se necessário discutir a educação sustentável a partir da educação para o consumo consciente, esse é o primeiro passo para a sustentabilidade. O trabalho que está sendo desenvolvido no município de Veríssimo-MG tem justamente esse objetivo: educar para o uso consciente e racional dos recursos que disponibilizamos.
O público alvo desse projeto foi formado por crianças e adolescentes do Centro de Integração João Gurgel de Souza, que tiveram palestras e visitas ecológicas, onde aprenderam sobre degradação ambiental e o papel que cada um de nós tem sobre os danos causados ao meio ambiente e, claro, o que pode ser feito para reduzir e mitigar os efeitos negativos da ação do ser humano.
Na visita ecológica ao córrego Santa Gertrudes (município de Veríssimo, MG), as crianças recolheram do local todo o lixo que ali foi encontrado, dentre eles, várias garrafas de vidro, garrafas plásticas, bitucas de cigarros e diversas outras coisas, inclusive fraldas descartáveis, roupas e calçados já apodrecidos. Sabendo como fazer a separação, as crianças foram divididas em grupos, onde cada líder foi identificado com uma fitinha no pulso indicando o resíduo que iria recolher: azul para papel, amarelo para metal, vermelho para plástico, verde para vidro e marron para resíduo orgânico.
A visita foi muito proveitosa. Além de limpar uma área belíssima, cheia de vida, as crinças levaram para si próprias a lição de que lugar de lixo é no lixo. Os resíduos recolhidos foram encaminhados para empresas de reciclagem (vidro e alumínio), e as garrafas pet foram destinadas a uma cooperativa de catadores. Já os não recicláveis foram enviados para o aterro controlado do município.
O próximo passo será levar a ideia para a área urbana, recolher do município o lixo que pode ser aproveitado e dar destinação adequada ao mesmo. Desta forma, estaremos aliviando o volume de resíduos no aterro e dando outra finalidade para aquilo que seria descartado na natureza. A escola estadual do município, a E.E. Geraldino Rodrigues da Cunha, já se interessou pela idéia e estamos estudando a maneira certa de levar o projeto para lá, já que é um público bem mais numeroso e também de maior faixa etária.
Trabalhar com Educação Ambiental foi uma experiência única e muito gratificante. Acho que todo estudante de engenharia ambiental deveria experimentar essa vivência ao menos uma vez. Aplicar seus conhecimentos e ver resultados gera uma sensação inexplicável. Além do fato de que educar e atentar para a consciência ecológica e ambiental de crianças é primordial para a garantia de um futuro ambientalmente mais saudável e preservado.

Cárita Beatriz é aluna do curso de Engenharia Ambiental da FACTHUS



Um comentário:

  1. Seria interessante, mas a aluna comete erros infantis de ortografia e concordância. Como as universidade admitem alunos assim? Por isso que sou favor de uma análise acadêmica completa como forma de admissão em cursos de grau superior.

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