Fernanda da Costa Guimarães
A Rio+20 deve girar em torno de novos
objetivos do desenvolvimento sustentável. O encontro será promovido pela ONU no
Rio de Janeiro em junho de 2012, 20 anos depois da Eco-92. Os chefes de estado presentes
tentarão construir um acordo de proteção aos oceanos, fortalecer uma agência
ambiental, e nomear um alto comissário global para atuar como se fosse um
“ombudsman”. Fala-se muito na criação de medidas de redução de combustíveis
fósseis e nos subsídios para fontes alternativas de energia.
Na Cúpula da Terra de 1992, mais de 100
chefes de Estado vieram ao Rio. Vários acordos foram assinados. Desta vez, o
resultado pode ser bem diferente. Os negociadores serão convidados a definir
suas próprias metas e trabalhar voluntariamente para o estabelecimento de uma
economia verde global, reduzir a pobreza e diminuir os níveis de consumo.
São esperados dezenas de chefes de
Estado, líderes políticos e celebridades. Inicialmente marcada para o início do
mês, a Rio+20 foi adiada, e a cúpula está prevista agora para os dias 20 a 22
de junho.
Um encontro paralelo, que o Brasil
está organizando, chamado de “Diálogos sobre Sustentabilidade”, vem ganhando
repercussão mundial. A sociedade civil será convidada a debater e a criar um
documento para pressionar os negociadores oficiais.
A proposta de criar os Objetivos
Globais de Desenvolvimento Sustentável não deverá vigorar antes de 2015. Porém,
o documento deverá cobrir áreas consideradas como prioritárias, como oceanos,
alimentos, energia, água, consumo e sustentabilidade. Esses objetivos não vão
substituir os dez Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU, lançados em
setembro de 2000.
O fortalecimento do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) será discutido na Rio+20, o que
também é defendido pelo Brasil.
Para representantes do Greenpeace, a
cúpula do Rio deve enfrentar duas décadas de atrasos e promessas não cumpridas
em relação ao desenvolvimento sustentável.
As principais metas são acabar com a
destruição das florestas, a pesca predatória e o desenvolvimento da energia
limpa. O mundo tem uma boa chance de passar da teoria à ação.
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