quarta-feira, 9 de maio de 2012

Rio+20


Fernanda da Costa Guimarães
A Rio+20 deve girar em torno de novos objetivos do desenvolvimento sustentável. O encontro será promovido pela ONU no Rio de Janeiro em junho de 2012, 20 anos depois da Eco-92. Os chefes de estado presentes tentarão construir um acordo de proteção aos oceanos, fortalecer uma agência ambiental, e nomear um alto comissário global para atuar como se fosse um “ombudsman”. Fala-se muito na criação de medidas de redução de combustíveis fósseis e nos subsídios para fontes alternativas de energia.
Na Cúpula da Terra de 1992, mais de 100 chefes de Estado vieram ao Rio. Vários acordos foram assinados. Desta vez, o resultado pode ser bem diferente. Os negociadores serão convidados a definir suas próprias metas e trabalhar voluntariamente para o estabelecimento de uma economia verde global, reduzir a pobreza e diminuir os níveis de consumo.
São esperados dezenas de chefes de Estado, líderes políticos e celebridades. Inicialmente marcada para o início do mês, a Rio+20 foi adiada, e a cúpula está prevista agora para os dias 20 a 22 de junho.
Um encontro paralelo, que o Brasil está organizando, chamado de “Diálogos sobre Sustentabilidade”, vem ganhando repercussão mundial. A sociedade civil será convidada a debater e a criar um documento para pressionar os negociadores oficiais.
A proposta de criar os Objetivos Globais de Desenvolvimento Sustentável não deverá vigorar antes de 2015. Porém, o documento deverá cobrir áreas consideradas como prioritárias, como oceanos, alimentos, energia, água, consumo e sustentabilidade. Esses objetivos não vão substituir os dez Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU, lançados em setembro de 2000.
O fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) será discutido na Rio+20, o que também é defendido pelo Brasil.
Para representantes do Greenpeace, a cúpula do Rio deve enfrentar duas décadas de atrasos e promessas não cumpridas em relação ao desenvolvimento sustentável.
As principais metas são acabar com a destruição das florestas, a pesca predatória e o desenvolvimento da energia limpa. O mundo tem uma boa chance de passar da teoria à ação.

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